21.7.06

PrETA preto PREta preTO

Preta é a noite.
A cor do cabelo da Tainá

O brilho do olhar de Luiz Henrique.


Preta é a pele meus antepassados.
O doce jabuticaba.
É o precursor da justiça.
É a verdade.
O preto é o bonito.
A escrita de Martin Luther King
E as palavras de Malcolm X.
Preta era a filosofia dos quilombolas
É o movimento do Ylê Ayê.
Preto é o gosto do doce de amora
A cultura de meus ascendentes.
Preto é o nosso herói, João Cândido.
É o início do mundo.
É a humanidade livre.
Somos todos nós.
Preta sou eu.

Mara Evaristo/2003

LEI DE COTAS E ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL

Pesquei esta convocação, num e-mail:

ATO PÚBLICO EM FAVOR DAS AÇÕES AFIRMATIVAS
LEI DE COTAS E ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL

24 de julho de 2006, às 16 horas, na Associação Brasileira de Imprensa
A Lei de Cotas (PL 73/1999), que já foi aprovada pela Câmara Federal, estabelece um sistema de cotas nas universidades federais em benefício de estudantes oriundos das escolas públicas (50%), com percentuais dessas vagas destinadas a negros e indígenas. O Estatuto da Igualdade Racial (PL 3.198/2000) propõe políticas públicas para combater a discriminação racial e as desigualdades raciais que atingem os afro-brasileiros, adotando programas e ações de reparação, compensação, inclusão e eliminação dos obstáculos que impedem a representação da diversidade racial nas esferas pública e privada.
Amplo debate sobre os projetos de lei tem sido travado desde 2003. Alguns intelectuais e artistas encaminharam à Câmara e ao Senado o Manifesto “Todos têm direitos iguais na República Democrática”, com argumentos contrários à aprovação dos projetos. Em resposta, outro grupo de intelectuais, artistas, ativistas, representantes do Movimento Negro e da sociedade civil organizada também entregaram aos presidentes da Câmara e do Senado um “Manifesto em Favor da Lei de Cotas e do Estatuto da Igualdade Racial”.
Vemos que muitas questões sobre o assunto precisam ser entendidas. Os defensores das cotas não são contrários à melhoria da qualidade da educação básica, conforme são acusados. O princípio da igualdade de todos os cidadãos perante a lei, disposta no Art. 5º da Constituição Federal, não ocorre de fato, inclusive com privilégios históricos garantidos aos mais abastados. As condições de desigualdade existentes no Brasil demonstram isso. O Art. 3º da mesma Constituição fala em construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento, erradicar a pobreza e a marginalização, reduzir as desigualdades e, principalmente, promover o bem, combatendo toda e qualquer forma de discriminação. A qualidade da universidade e o mérito acadêmico não são ameaçados pelas cotas, já que todos os estudantes que ingressaram por cotas também fizeram vestibular e passaram, disputando vaga entre pessoas que tiveram que transpor os mesmos obstáculos que eles. E, uma vez na universidade, passam pelas mesmas avaliações que os outros estudantes, obtendo a mesma qualificação ao final do curso. Os contrários às cotas dizem temer que a medida traga algo que não existe no Brasil: o conflito e a segregação raciais. Isso é uma falácia. Vários institutos de pesquisa já demonstraram a distância entre os “dois Brasis”, o branco e o não-branco.
O Estado brasileiro é signatário de vários instrumentos jurídicos internacionais, tais como a Convenção da ONU para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial, de 1969, e da Declaração e Plano de Ação de Durban, resultante da III Conferência Mundial de Combate ao Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata, de 2001. As ações afirmativas devem, portanto, ser adotadas como ação coerente diante destes compromissos assumidos.
Assim sendo, será realizado dia 24 de julho de 2006, às 16 horas, na Associação Brasileira de Imprensa – ABI (Rua Araújo Porto º 71 – 9º andar – Centro – Rio de Janeiro) amplo Debate e Ato Público em Favor da Lei de Cotas e do Estatuto da Igualdade Racial. A participação da sociedade civil, de organizações e personalidades neste debate é imprescindível, dada a importância do tema para a efetivação de uma democracia igualitária e de uma sociedade mais justa, onde de fato todos os cidadãos sejam iguais e tenham seus direitos respeitados.


ENTIDADES QUE CONVOCAM O ATO PELA LEI DE COTAS
E PELO ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL:
CEAP, PVNC, EDUCAFRO, IPDH, INCUBADORA AFROBRASILEIRA, SINPRO-Rio, ABONG, CENACORA, IBASE, FASE, Fórum Pela Radicalização Democrática/UFRJ, FIERJ, Instituto de Advocacia Racial e Ambiental, PROAFRO/UERJ, LPP/UERJ, PENESB/UFF, LABTEC/UFRJ, PELA VIDA, ATOBÁ, EM DEFESA DA VIDA, ASPECAB, COJIRA, COLIMAR, COMDEDINE, MOVIMENTO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS, CETRAB, MNU, FNU, SINTERGIA, STIPDASEN, SINTSAMA, CUT/RJ, Centro de Teatro do Oprimido, IPCN, Pastoral do Negro, CECTN, CDDH, Fórum de Mulheres Negras, Comissão Nacional contra a Discriminação Racial, Movimento das Religiões de Matrizes Africanas, CEDICUN, Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro




A nova literatura africana

Recebi este texto por e-mail. É uma publicação do Ministério das Relações Exteriores francês.
Abaixo, seguem mais ligações para artigos publicados no site, onde a temática é o Continente Africano.
Ainda não li todos os artigos, mas se quiserem trocar idéias, é só enviar um e-mail.
Boa leitura.



Uma geração de escritores livres que almeja ser universal.
A negritude trouxe o mundo negro para dentro do campo literário francês. A africanidade e o mundo francês não são hoje os únicos horizontes da nova geração de escritores francófonos em busca da universalidade. Os anglófonos e lusófonos, que nunca cederam verdadeiramente à tentação de “romantização” da África como fizeram os poetas da negritude, definem-se por uma constante problematização da origem e por sua descrição espontânea em uma “world literature” sem fronteiras.
Surgida nas primeiras décadas do século XX, a literatura africana de língua francesa é um dos componentes essenciais do que se convencionou chamar de francofonia. Seus poetas, dramaturgos e romancistas ampliaram consideravelmente o leque do imaginário literário francês ao introduzir o harmatão e as jaqueiras, os pajés e os “abikus”, “os sóis das independências” e os guias providenciais.
Mais importante ainda, além de enriquecer o francês no sentido do léxico, o surgimento de uma escrita francófona africana no contexto histórico da colonização trouxe como conseqüência o problema do olhar que uma civilização milenar e colonizadora tem do mundo por meio de sua língua.

Revolução do olhar
Uma conseqüência plena de sentido que não escapou à percepção anticolonial de Jean-Paul Sartre, que escreveu, em 1948, em seu célebre prefácio à Anthologie de la nouvelle poésie nègre et malgache de langue française (Antologia da nova poesia negra e malgaxe de língua francesa) (Ed.PUF, Paris, 1948), organizada por Léopold Sédar Senghor: “Eis aqui homens negros em pé que nos olham e a quem desejo que sintam, como eu, a emoção de serem vistos[...] Hoje, esses homens negros nos olham e nosso olhar entra em nossos olhos; tochas negras, por sua vez, clareiam o mundo e nossas cabeças brancas não passam de pequenos lampiões balançados pelo vento”.
A poesia da negritude que o filósofo homenageava era, pois, uma revolução do olhar. Essa subversão dizia respeito primeiramente aos africanos a quem séculos de escravidão e colonização ensinaram a olhar seu continente e suas culturas com os olhos de desprezo do Ocidente triunfante.
Surgida na Paris dos anos 1930 e 1940, sob a pluma do trio carismático formado pelo senegalês Senghor, o martinicano Aimé Césaire e o guianense Léon-Gontran Damas, a nova poesia negra cantava sem complexo a beleza da “mulher nua, mulher negra”, exaltava a energia e o fausto dos impérios africanos esquecidos, “dessexotizando” e desalienando o olhar que o negro tinha sobre si mesmo e sobre seu passado.
Conclamando o negro a retomar a confiança em sua cultura, a negritude preparou o terreno para sua libertação política. Não é exagero dizer que essa poesia revolucionária continha o germe, desde seus primeiros textos, das independências africanas que viriam!
A ficção, que surgiu logo após a poesia no campo francófono, não foi menos lúcida, como comprova a leitura de alguns dos romances mais representativos das diferentes gerações que se sucederam ao longo dos últimos cinqüenta anos [1].
Anticolonial no início, o campo literário fortaleceu-se a partir do momento em que se distanciou do viés realista e procurou expressar o caos africano por meio dos espelhos quebrados de uma narrativa fragmentada, carnavalesca e, sobretudo, metafórica das turbulências do cotidiano.
A nova geração de romancistas francófonos, cujos nomes de maior destaque são Abdourahman Waberi, Kossi Effoui, Alain Mabanckou e Jean-Luc Raharimanana, vai ainda mais longe negando-se a limitar-se aos assuntos afro-africanos. Eles reivindicam a liberdade de escrever como autor e de inscrever suas obras em filiações eletivas que desprezem a origem. Buscam ser universais e afirmam que “a literatura africana não existe”!
Tirthankar Chanda crítico literário

Três perguntas para Bernard Magnier, jornalista literário e diretor da coleção “Afriques” da editora Actes Sud (Arles).
O Senhor pode nos apresentar a coleção africana sob sua direção na editora Actes Sud?
Bernard Magnier: A coleção “Afriques” – “Afriques” com um “s” para deixar clara a diversidade e a multiplicidade das literaturas africanas – existe há dez anos. Ela é formada por aproximadamente trinta títulos que reúnem grandes nomes como os nigerianos Wole Soyinka e Ken Saro-Wiwa, o sudanês Jamal Majhoub, o zimbabuano Chenjerai Hove ou a marfinense Véronique Tadjo. Nossa abordagem é geográfica e nossa ambição é levar ao público as obras mais representativas do continente africano do sul do Saara, somadas todas as línguas.
Além da origem geográfica, há outra coisa que una esses escritores?
A urgência. Parece-me que há um sentimento de necessidade em muitos desses livros, o que se traduz pela escolha de temas predominantemente atuais, como as ditaduras, a imigração, a condição das mulheres. São assuntos sérios, mas tratados freqüentemente com humor. É esse humor, somado a uma escrita lírica, onírica ou fantástica, que permite ultrapassar o real e ler essas obras como qualquer texto de imaginação ou criação.
Como se traduz a relação complexa que esses autores mantêm com as línguas européias, herdadas de uma história colonial dolorosa?
Alguns dizem que estão totalmente à vontade nessas línguas, a francesa ou a portuguesa. Outros mantêm relações conflituosas com as mesmas e necessitam apropriar-se delas inventando uma língua de escrita a partir de um idioma de base vindo efetivamente de outro lugar. Assim como os latino-americanos, os indo-ingleses ou os caribenhos, os africanos estão transformando profundamente as línguas imperiais européias ao introduzir registros de língua e de sensibilidade que não existiam antes.Entrevista realizada por Tirthankar Chanda
No cruzamento da oralidade com o pós-modernismo
Na anglofonia, assim como na francofonia, os anos 1990 assistiram ao surgimento de uma nova geração de autores que estão renovando a inspiração ao situar suas obras, mais decididamente que seus ancestrais, no cruzamento da oralidade africana com as tradições pós-modernas ocidentais.
Injustamente desconhecidas, as literaturas lusófonas da África mostram, há cinqüenta anos, uma vitalidade e uma fertilidade surpreendentes da qual é testemunha tanto a poesia militante de revolta contra o colonialismo sob a pluma da primeira geração de escritores (Antônio Jacinto, Viriato da Cruz, Antônio Cardoso, Agostinho Neto), como a ficção moderna e metafórica dos romancistas contemporâneas, dentre os quais Mia Couto (Moçambique), Pepetela (Angola), Germano Almeida (Cabo-Verde) e Abdulai Silai (Guiné-Bissau).Tirthankar Chanda

Anglofonia, lusofonia...
As literaturas modernas da África negra escrevem-se também na língua inglesa e na língua portuguesa. A produção literária anglófona desenvolveu-se, de fato, a partir de 1950. Ela é dominada pela figura tutelar de Wole Soyinka. Ao mesmo tempo dramaturgo, poeta, romancista e ensaísta, este gigante das letras africanas recebeu, em 1986, o Prêmio Nobel de Literatura por ter sabido “dar forma ao drama da existência em uma ampla perspectiva e com conotações poéticas”.
Os outros grandes escritores anglófonos são Chinua Achebe, Ben Okri, Ayi Kwei Armah, Ngugi wa Thiong’o, Nuruddin Farah e Dambudzo Marechera. Considerado o pai da ficção africana moderna, Chinua Achebe tornou-se conhecido ao publicar, em 1958, Le monde s’effondre (O Mundo Desmorona) (Ed.Présence Africaine, Paris, 1972) que evoca a destruição da sociedade tradicional em contato com o Ocidente.Tirthankar Chanda
[1] Les Bouts de bois de Dieu(Os Fins dos Bosques de Deus) de Sembène Ousmane (Ed.Presses Pocket, Paris, 1960), L’Aventure ambiguë (A aventura Ambígua) de Cheikh Hamidou Kane (Ed.10/18, Paris, 1961), Les Soleils des indépendances(Os Sóis das Independências) de Ahmadou Kourouma (Ed.du Seuil, Paris, 1969), Une si longue lettre(Uma Carta tão Extensa) de Mariama Bâ (Les Nouvelles Éditions africaines, Abidjan, 1979), La Vie et demie(A vida e meia) de Sony Labou Tansi (Ed.du Seuil, Paris, 1979), Le Pleurer-rire(O Chorar-rir) de Henri Lopes (Ed.Présence africaine, Paris, 1982), Assèze l’Africaine(A Africana Assèze) de Calixthe Beyala (Ed.Albin Michel, Paris, 1994), Cahier nômade(Caderno Nômade)de Abdourahman Waberi (Ed.Le Serpent à plumes, Paris, 1994), Rêves sous le linceul(Sonhos sob a Mortalha) de Jean-Luc Raharimanana (Ed.Le Serpent à plumes, Paris, 1998), La Fabrique des cérémonies(A fábrica das Cerimônias) de Kossi Effoui (Ed.du Seuil, Paris, 2001), Verre casse (Vidro Quebra) de Alain Mabanckou (Ed.du Seuil, Paris, 2005)...

Dossiê
A África em movimento
A África em criações
A África mais alto, mais rapidamente, mais esportiva
Novas tecnologias: uma oportunidade para a educação
A mídia movimenta a África
Uma sociedade civil que se afirma
A nova literatura africana
Estado de Direito na África
A paz, um desafio africano
A África de sucesso
África, uma genialidade original

Dica de site português - Literatura Africana e Brasileira



Edições Colibri – projecto editorial vocacionado para publicações de âmbito universitário

Prioridade: Trabalhos produzidos por investigadores, no sentido de os dar a conhecer fora e dentro do meio universitário, obras que reputado interesse, quer no que respeita à sua originalidade, quer à sua actualidade política e social.

Dica:
Na página principal, acesse à página Coleções. depois clique na letra "R" e você terá acesso a Literatura Africana e Brasileira.

O site fornece também informação sobre autores, revistas e textos interessantes.

20.7.06

Línguas africanas

Bisharat* é uma ideia em evolução, baseada na importância de línguas maternas no desenvolvimento sustentável e no enorme potencial das novas tecnologias de informação e comunicação (NTIC) para beneficiar esforços nas áreas de línguas e desenvolvimento. Prevendo a introdução progressiva de computadores e da Internet nas comunidades rurais de África, o foco actual de Bisharat é na pesquisa, advocacia, e na elaboração de redes relacionados com o uso de línguas Africanas na programação informática e desenvolvimento de conteúdos de páginas na Internet.

Recebi por e-mail, esta indicação de página. Achei interessante.

A Declaração de Asmarasobre Línguas e Literatura Africana*
Nós, escritores e acadêmicos de todas regiões da África, nos reunimos em Asmara, Eritrea, do dia 11 ao dia 17 de janeiro de 2000, para a conferência entitulada Contra Todas Probabilidades : Línguas e Literaturas Africanas no 21º Seculo. Esta é a primeira conferência sobre línguas e literaturas africanas a acontecer em solo africano, com participantes do leste, oeste, norte e sul da África e diaspora e por escritores e acadêmicos de todas as partes do mundo. Nós examinamos o estado de línguas africanas em literatura, pesquisa, e dição, educação e administração na África e pelo mundo. Nós celebramos a vitalidade de línguas e literaturas africanas e afirmamos seu potential. Notamos com orgulho que mesmo com toda probabilidade contra elas, as línguas africanas sobrevivem como vehículos de comunicação e conhecimento e têm uma continuidade escrita de mais de mil anos. Colonização criou os mais sérios obstáculos contra línguas e literaturas africanas. Notamos com preocupação o fato que esses obstáculos coloniais ainda perseguem a África independente e continuam a blocar o espírito do continente. Nós identificamos a profunda incongruência em línguas coloniais falando pelo continente. No início de um novo século e milênio, a África deve firmamente rejeitar esta incongruência e afirmar um novo começo à través de suas línguas e herança.
Nesta conferência histórica, nós, escritores e acadêmicos de todas regiões da África, reunidos em Asmara, Eritrea, declaramos que:
Línguas africanas devem tomaro o dever, a responsabilidade e o desafio de falar pelo continente.
A vitalidade e ingualdade de línguas africanas devem ser reconhecidas como uma base para o futuro « empowerment » dos povos africanos.
A diversidade de línguas africanas reflete a rica herança cultural da África e deve ser usada como instrumento para a união africana.
Diálogo entre línguas africanas é essential : As línguas africanas devem ultilisar o instrumento de tradução para avançar a comunicação entre todas as pessoas, incluindo deshabilitados.
Todas crianças africanas têm o direito de ir à escola e aprender em suas línguas maternas. Todo esforço deverá ser feito para que línguas africanas sejam desenvolvidas à todos nivéis de educação.
Promovendo pesquisa sobre as línguas africanas é vital para o seu desenvolvimento, enquanto o avanço de pesquisa e de documentação africana será melhor servida pelo uso de línguas africanas.
O desenvolvimento pertinente e rápido de ciência e de tecnologia na África depende no uso de línguas africanas, e a tecnologia m oderna deve ser ultilisada para o desenvolvimento de línguas africanas.
Democracia é essential par ao desenvolvimento igual de línguas africanas, e línguas africanas são vitais para o desenvolvimento de democracia baseado em igualdade e justiça social.
Línguas africanas, como todas línguas, contêm a polarização de genre. O papel de línguas africanas em desenvolvimento deverá superar esta polarização de genre e alcançar igualdade de genre.
Línguas africanas são essenciais para a decolonização do espírito africano e para o renascimento africano.
A iniciativa que se materializou durante a conferência Contra Todas Probabilidades deve ser continuada com conferências biennais em partes diferentes da África. Para organizar futuras conferências, para criar um fórum de diálogo e cooperação, e para avançar os princípios desta declaração, um Secretariat será estabelecido, e será initialmente baseado em Asmara, Eritrea.
Traduzida para tantas línguas africanas quanto possível e baseada nesses princípios, a Declaração de Asmara é afirmada por todos participantes de Contra Todas Probabilidades. Nós convidamos todos os Estados africanos, a OUA, a ONU, e todas organizações internacionais que servem a África para nos juntar à esse esforço de reconhecimento e apoio às línguas africanas, com esta declaração como base para novas políticas.
Enquanto reconhecemos com orgulho a conservação de línguas africanas em algumas partes da África e da diaspora e do papel de línguas africanas na formação de novas línguas, nós incitamos todos povos da África e da diaspora a nos juntar no espírito desta declaração e se tornar parte dos esforços para realizar seus objetivos.
Asmara, 17 de janeiro de 2000
* Tradução provisória e não-oficial por Maureen Gallagher para Bisharat. Julho de 2001.

Fonte: http://www.bisharat.net/Documents/declaracao.htm